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02/07/2021 às 09h31min - Atualizada em 02/07/2021 às 09h31min

Ministério Público Federal propõe na Justiça ação contra Pazuello por improbidade administrativa

Procuradores apontam omissões e falhas do ex-ministro na condução da pandemia, como: lentidão na compra de vacinas e adoção do 'tratamento precoce', que inclui remédios ineficazes para a Covid.

G1
Foto: Divulgação
O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça Federal uma ação contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por improbidade administrativa. A ação cita atos de Pazuello que, segundo os procuradores, prejudicaram o combate à pandemia de Covid no país, como: a lentidão na compra de vacinas e a adoção do chamado "tratamento precoce" (que envolve remédios sem eficácia).[O ex-ministro Eduardo Pazuello durante depoimento na CPI da Covid, no Senado — Foto: Agência Senado]O ex-ministro Eduardo Pazuello durante depoimento na CPI da Covid, no Senado — Foto: Agência Senado

Caberá à Justiça decidir se tornará Pazuello réu.

A ação do MPF é assinada por oito procuradores da República. Eles listaram atitudes de Pazuello para justificar a improbidade administrativa. Entre elas estão:

 
  • omissão injustificada do acusado na aquisição de vacinas para imunizar a população ainda em 2020
  • adoção ilegal – e indevida – do chamado 'tratamento precoce' como principal ação de política pública contra a pandemia
  • omissão na ampliação de testes para a população e na distribuição de milhares de kits de testes PCR, a ponto de perderem a sua validade
  • ação deliberada para dificultar o acesso da sociedade às informações essenciais sobre a pandemia

“A omissão e a negligência do ex-ministro da Saúde no trato das negociações das vacinas custou caro à sociedade (que sofre os efeitos sociais de uma economia em crise e sem perspectiva de reação), à saúde da população (que amarga índices descontrolados de morbidade e mortalidade por covid-19) e ao SUS (cujos leitos de UTI Covid adulto, só no primeiro semestre de 2020, custaram R$ 42 milhões/dia ou R$ 1,27 bilhão/ mês)”, afirmam os procuradores na ação.

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