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27/01/2022 às 19h28min - Atualizada em 27/01/2022 às 19h28min

Reajuste de 33,4% no salário de professores deve ter tratativas a partir da próxima semana em MS

Salários estavam congelados há dois anos e reajuste considera acumulado da inflação, anunciado nesta quinta-feira pela Presidência

MIDIAMAX
Foto: Divulgação
Após o Presidente da República Jair Bolsonaro (PL) anunciar reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores da educação básica, os sindicatos da categoria alegam que o presidente ‘não fez mais que a obrigação’ e só está cumprindo a Lei, após congelar o salário dos educadores por dois anos.

O anúncio foi feito pelas redes sociais de Bolsonaro nesta quinta-feira (27). Ao Jornal Midiamax, o Presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, destacou que o Governo Federal só está cumprindo a Lei do Piso nº 11738 de 2008, época ainda do ex-presidente Lula.

“Na verdade, o Bolsonaro queria congelar os salários por mais um ano, mas, felizmente, a pressão dos sindicatos, deputados e senadores não permitiu. Ele vai ter que cumprir a Lei. O reajuste é algo fundamental, ele não está oferecendo nada novo e queria congelar por mais um ano, mas o Congresso não deu o aval.

Ainda segundo Jaime, no Brasil serão 2 milhões de profissionais que terão reajuste no salário. Segundo a Fetems, em Mato Grosso do Sul, a estimativa é que o reajuste contemple apenas 10 mil professores da ativa, dos 19 mil profissionais em atuação. Isso porque 9 mil são convocados e eles não terão o aumento salarial, mesmo cumprindo a mesma carga horária dos demais.

“Estamos enfrentando um grande problema, já que a rede estadual têm 9 mil professores convocados, é praticamente a metade do total. Mesmo cumprindo as mesmas funções, eles estão ganhando quase metade do salário dos servidores efetivados. Um professor concursado vai passar a ganhar R$ 3.815 (piso), e o convocado, R$ 2.050. É um enorme abismo e vamos lutar para que esses profissionais tenham o mesmo direito ou que se realizem novos concursos públicos”, explicou Jaime.

O Presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucilio Nobre, também destaca que o Governo Federal está cumprindo a Lei nº 11738 de 2008. Ao contrário da Rede Estadual, todos os 8 mil professores da Rede Municipal terão o novo reajuste no salário.

“Ele está cumprindo a Lei depois de congelar os salários. O município tem 5 mil professores efetivados e 3 mil convocados que terão o reajuste salarial de 33,24%. Nos próximos dias, também vamos nos reunir com o Prefeito de Campo Grande para iniciar as tratativas sobre a correção do Piso 20h. ACP e prefeitura assinaram um termo de compromisso em 2021, definindo que as tratativas para o cumprimento da Lei Municipal 5.411/2014”.

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